Por que é importante imunizar gestantes?
A vacinação em gestantes é importante para prevenir agravos à saúde da mãe e do feto, como malformações, atraso no crescimento intrauterino, parto prematuro, manifestações infecciosas neonatais e tardias, e até óbito. Além disso, a imunização na gestação é o início do processo de proteção do feto antes de seu nascimento, pela passagem transplacentária de anticorpos, oferecendo proteção passiva por até 12 meses.
Como a vacinação em gestantes pode contribuir para a promoção de saúde da família como um todo?
Além disso, imunizar a gestante também pode contribuir para a promoção de saúde da família como um todo, uma vez que a gestante é geralmente a pessoa responsável pelos cuidados com os filhos e outras pessoas da família. Assim, ao garantir a imunização da gestante, toda a família pode estar protegida contra doenças infecciosas. É importante ressaltar que as taxas de imunização na gestação ainda estão abaixo do desejado no mundo, mesmo com a grande maioria das gestantes frequentando as consultas pré-natal. Portanto, é fundamental conscientizar as gestantes sobre a importância da imunização e garantir o acesso às vacinas durante o pré-natal.
Qual é a taxa de imunização na gestação no Brasil?
Apesar da importância da imunização na gestação, infelizmente, as taxas de vacinação entre as gestantes estão abaixo do desejado em todo o mundo. É fundamental incentivar a conscientização sobre a relevância dessa prática e garantir o acesso adequado às vacinas durante a gravidez para proteger a saúde da mãe e do bebê.
De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, a taxa de imunização na gestação no Brasil ainda está abaixo do desejado. Em 2019, por exemplo, a cobertura vacinal para a vacina da gripe em gestantes foi de 77,8%, enquanto a meta era de 90%. Já para a vacina contra a coqueluche, a cobertura foi de apenas 53,1%, abaixo da meta de 95%. É importante ressaltar que a imunização na gestação é fundamental para proteger tanto a mãe quanto o feto, prevenindo diversas doenças e complicações. Por isso, é fundamental que as gestantes sejam conscientizadas sobre a importância da vacinação e que recebam o suporte necessário para se imunizarem adequadamente.
Além de proteger a saúde da gestante, a imunização durante a gravidez é importante para evitar possíveis riscos à saúde do concepto (o bebê em desenvolvimento no útero). Esses riscos incluem malformações, atraso no crescimento intrauterino, parto prematuro, manifestações infecciosas neonatais e tardias, e até óbito.
Imunizar a gestante é considerada uma atitude de prevenção primária para proteger tanto a mãe quanto o bebê. Mais de 90% das gestantes no Brasil frequentam as consultas pré-natal, o que representa uma oportunidade única para garantir a vacinação dessa mulher e de sua família, ampliando a estratégia de promoção de saúde.
Algumas vacinas recomendadas durante a gestação, como a vacina contra a gripe e a vacina contra a coqueluche, podem proteger tanto a mãe quanto o bebê. Quando a mãe é vacinada, ela produz anticorpos que são transferidos para o feto através da placenta, protegendo-o nos primeiros meses de vida, quando ainda não pode ser vacinado. É importante lembrar que a decisão de se vacinar durante a gravidez deve ser tomada em conjunto com um médico obstetra, que poderá avaliar os riscos e benefícios de cada vacina.
Lembre-se de que as informações médicas e as recomendações de saúde podem mudar ao longo do tempo, e novas pesquisas podem levar a atualizações nas orientações de vacinação para gestantes. Portanto, é sempre melhor buscar informações atualizadas com fontes confiáveis, como o Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ou centros de controle de doenças do país onde você reside.
Durante a gravidez, é importante que as mulheres recebam algumas vacinas para proteger tanto a mãe quanto o bebê. As vacinas recomendadas durante a gravidez incluem:
– Vacina contra a coqueluche: A vacinação contra a coqueluche é recomendada para todas as gestantes a partir da 20ª semana de gestação, preferencialmente entre a 27ª e 36ª semana. Isso ajuda a proteger o bebê contra a coqueluche nos primeiros meses de vida.
– Vacina contra a hepatite B: Se a gestante não foi vacinada anteriormente, pode ser recomendada a vacinação contra a hepatite B durante a gravidez.
Importante: hepatite B não é contraindicação para amamentação. Em caso de fissuras no mamilo, há recomendação de suspensão da amamentação na mama afetada até que as lesões melhorem. A mulher pode oferecer a outra mama e fazer extração manual na mama afetada para manter a produção de leite.
– Vacina contra o tétano: Se a gestante não estiver com as vacinas de tétano em dia, pode ser recomendada a vacinação durante a gravidez.
O tétano neonatal possui alta taxa de letalidade devido à contaminação do cordão umbilical durante o parto. A difteria pode causar obstrução respiratória, tendo alta taxa de mortalidade entre os recém-nascidos.
A tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche) está recomendada em todas as gestações, pois além de proteger a gestante e evitar que ela transmita a Bordetella pertussis (coqueluche) ao recém-nascido, permite a transferência de anticorpos maternos ao feto, protegendo-o nos primeiros meses de vida, até que possa ser imunizado com a vacina penta.
A vacina dTpa deve ser aplicada a partir da vigésima semana de gestação e a cada gestação. Para aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, é importante administrar uma dose de dTpa no puerpério, o mais precocemente possível.
– Vacina contra a gripe: A vacinação contra a gripe é recomendada para todas as gestantes durante a temporada de gripe, que geralmente ocorre entre os meses de abril e outubro. A vacinação pode ajudar a prevenir complicações graves da gripe, como pneumonia, além de proteger o bebê após o nascimento.
É recomendado administrar a vacina contra a gripe em qualquer idade gestacional para todas as gestantes e mulheres (até 42 dias após o parto), durante a campanha anual de vacinação.
A gestante é grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus influenza. A vacina está recomendada nos meses da sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gravidez. Durante a gestação, as chances de sintomas graves e complicações são maiores, resultando em alto índice de hospitalização.
– Vacina Covid-19: Protege a mulher contra o vírus causador da Covid-19. É recomendada a aplicação dessa vacina em qualquer idade gestacional para todas as gestantes e mulheres no puerpério (até 42 dias após o parto).
Todas as vacinas apontadas estão disponíveis gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde.
Quando é o melhor momento para tomar vacinas durante a gravidez?
Durante a gravidez, é importante que a mulher esteja com as vacinas em dia para garantir a sua saúde e a do bebê. Algumas vacinas são especialmente recomendadas para gestantes, como a vacina contra a gripe, que deve ser tomada preferencialmente no segundo trimestre de gestação. A vacina contra a coqueluche também é indicada para gestantes a partir da 20ª semana de gravidez.
No entanto, é sempre importante consultar um médico obstetra para avaliar cada caso individualmente e verificar quais vacinas são recomendadas e qual o melhor momento para tomá-las.
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