A infecção por HPV é considerada a infecção sexualmente transmissível de maior incidência no mundo.
O Papiloma vírus humano, o HPV é transmitido por contato pele a pele e com via sexual, capaz de infectar a pele e as mucosas que revestem certeza partes do corpo humano, como o interior da boca, da garganta, da faringe do ânus, da vulva, do pênis e da vagina, fazendo com que o paciente desenvolva verrugas e lesões precursoras de câncer nas regiões atacadas.
No Brasil, a doença é o terceiro tipo de tumor mais prevalente em mulheres, chegando a ser a segunda causa de morte por câncer nas regiões de baixo índice de desenvolvimento humano.
Nos casos de câncer de colo de útero e de lesões precursoras, nos quais as mulheres são afetadas, os tipos de câncer relacionados ao vírus HPV 16 e HPV 18 são responsáveis por mais de 70% dos casos. Além disso, esses dois tipos são também responsáveis por 90% dos casos de adenocarcinoma in situ (AIS) do colo uterino. Esses dois tipos também são comuns em mulheres e estão ligados a mais de 70% das lesões nos órgãos genitais femininos (vulva, vagina e ânus). Os tipos de HPV 6 e 11 causam verrugas genitais em homens e mulheres e não podem causar câncer.
São mais de 150 tipos de HPV, classificados de acordo com a área que atingem, com o sintoma que causam ou com a possibilidade ou não de causar lesões cancerosas. Os tipos 16 e 18 de HPV são apontados como responsáveis por 70% dos câncer de colo de útero detectados em todo o mundo, além de também serem causadores de cerca de 90% dos cânceres de cólon e reto diagnosticados.
Os tipos mais inócuos e corriqueiros de HPV são os tipos 6 e 11, capazes de causar verrugas nos genitais e na laringe, sem maiores problemas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o DNA-HPV por PCR como método de primeira escolha para o rastreamento do câncer de colo do útero. Não à toa, a técnica foi adotada de forma exclusiva como rastreamento por mais de 50 países e outros 60 estão em fase de substituição do papanicolau.
Enquanto o papanicolau possui taxa de acurácia em torno de 50 a 60% por ser examinador dependente (ou seja, depender da experiência do profissional que está coletando a amostra), o DNA-HPV é significativamente mais sensível, chegando a 98%. Colhe-se a amostra, e a própria mulher pode fazê-lo, e ela é enviada ao laboratório.
É importante ressaltar que o teste de DNA-HPV não diagnostica diretamente o câncer, mas ajuda a identificar mulheres com maior risco de desenvolvê-lo, permitindo um acompanhamento mais próximo e medidas preventivas, como a realização de colposcopia e biópsia quando necessário.
É fundamental seguir as orientações e recomendações médicas específicas para o rastreamento do câncer de colo do útero, pois elas podem variar de acordo com o país, a idade da mulher e outros fatores de risco individuais.
Transmissão
O HPV é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo e geralmente é contraído e transmitido durante relação sexual ou contato sexual pele a pele com alguém que tem o vírus. Pode ser transmitido mesmo quando os preservativos são usados, e até mesmo em relações mutuamente monogâmicas.
Como o HPV é um vírus resistente, ele pode sobreviver por muito tempo nas superfícies dos objetos. Pode ser transmitido através de objetos ou materiais que podem ter entrado em contato com pessoas infectadas. Também pode ser transmitido através do contato direto com cortes e escoriações de um indivíduo infectado, e em casos raros, pode ser transmitido durante o parto através da transmissão mãe-filho.
Prevenção
Atualmente, a vacina contra HPV é a forma mais eficaz para se prevenir contra a infecção. Pelo Sistema Único de Saúde, ela é administrada para:
- Meninas com idade entre 9 e 14 anos;
- Meninos de 11 a 14 anos;
- Homens e mulheres que vivem com HIV;
- Homens e mulheres transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea;
- Pacientes oncológicos com idade entre 9 e 45 anos.
A vacinação contra o HPV tem caráter preventivo, e não curativo, e no território nacional encontramos o imunizante quadrivalente (cobertura para 4 tipos, oferecido pelo SUS) e o nonavalente (cobertura para 9 tipos, em clínicas privadas).
Ou seja, devemos, sim, investir em prevenção primária, com os métodos de barreira (preservativos) e a vacinação sendo estimulados, mas isso não nos isenta de somar esforços à prevenção secundária, o rastreamento.
Na rede privada, não há limite de idade para aplicação da vacina, sendo indicada inclusive para mulheres que já tiveram infecção ou que apresentam lesões HPV induzidas. Porém, é recomendado sempre avaliar os benefícios desta vacinação juntamente com seu ginecologista.
Aproximadamente 92% dos casos de câncer cervical são passíveis de cura se diagnosticados precocemente, e nada melhor do que detectar seu principal causador, o HPV.
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